1. |
Nice
03:06
|
|||
Me abrace neste instante,
me console deste mundo
que lá fora se destrói
Aqui dentro eu te protejo
e você também protege
o país que a gente faz
Ao sairmos desta casa
entrelaçamos nossas mãos,
nosso amor-revolução
Se aqueles plantam ódio
nós seguimos nos amando
e o sol brilha para nós
My love woman is she
Nice to the world
and nice to me
Te convido pra uma dança,
te convido para a rua,
podemos cantar pra lua
Se as rimas são banais
nosso afeto é resistente,
nosso mundo sem corrente.
My love woman is she
Nice to the world
and nice to me
|
||||
2. |
Ná
01:48
|
|||
Nada
nada existe além do canto
e dentro dele cabe tanto,
o afago, o riso, o choro.
Tudo
tudo que vejo neste mundo
quando me espanta deixa mudo
e se me encanta faz cantar
Quando
quando meu grito vira canto
eu não espero mais um tanto
eu corto, risco chão e ar
Quanto
quanto mais canto no meu pranto
eu com mais força me levanto
sou mais de mil a ecoar
Cada
cada trincheira da estrada
é canto firme de batalha
fagulha acesa pra queimar
Todo
todo veneno que engulo
transformo em notas num segundo
reajo viva como o mar.
|
||||
3. |
Luzia
03:04
|
|||
Venho do passado,
você é quem desvenda quem sou
mapuche, yanomami, caiapó,
no se más
Transformei-me em pedra,
lembrança, um fóssil, lugar
e agora que me queimas de ti,
no se más
Se eu luzir nos seus olhos, viverei
E quem me esquece, sofre
Tempo, espaço, humano, pedra e sal
Quem não te esquece, sofre
Vengo del pasado,
usted desvelas quién soy
mapuche, yanomami, caiapó,
não sei mais
Me volví en piedra,
recuerdo, un fósil, hogar
y ahora que me quemas sin fin
não sei mais.
Se eu luzir nos seus olhos, viverei
E quem me esquece, sofre
Tempo, espaço, humano, pedra e sal
Quem não te esquece, sofre
Só uma mulher queimada,
só mais uma.
|
||||
4. |
Lilith e Eva
04:01
|
|||
Do barro mais ancestral
nasci, cresci, amei.
Senhora do bem, do mal,
encantos mil lancei
Me vendo tão livre a me aventurar
fui jogada nas pedras a rastejar,
tão logo uma outra no meu lugar
a servir de escrava pra sempre
Não
iria deixar
minha irmã ser esta,
a cã do senhor,
e lhe dei
luz
luz
luz
Para enxergar
e se libertar,
ser dona de si
e seguir,
luz
luz
luz
Do corte de um animal
me fiz metade só,
amar e multiplicar,
papel sagrado a mim.
Não via, nem era capaz de olhar,
condenada a sorrir e a me ofertar
ouvindo uma voz longe a me chamar,
minha irmã me salvou e então vi
Não
podia ficar
sendo só metade,
a cã do senhor,
e fugi
luz
luz
luz
Pude enxergar,
te agradeço irmã,
e vou te encontrar,
para sermos
luz
luz
luz
|
||||
5. |
Maya
02:17
|
|||
Beat the tramp of revolt in the square!
Up, row of proud heads!
We will wash every city in the world
With the surging waters
of a second Flood.
The bull of the days is skewbald.
The cart of the years is slow.
Our god is speed.
The heart is our drum.
Is there a gold more heavenly than ours?
Can the wasp of a bullet sting us?
Our songs are our weapons;
Ringing voices -- our gold.
Meadows, be covered with grass,
Spread out a ground for the days.
Rainbow, harness
the fast-flying horses of the years.
See, the starry heaven is bored!
We weave our songs without its help.
Hey, you, Great Bear, demand
that they take us up to heaven alive!
Drink joys! Sing!
Spring flows in our veins.
Beat to battle, heart!
Our breast is a copper kettledrum.
|
||||
6. |
Afrodite
03:25
|
|||
Y que tal
entender
los caminos
de tu deseo,
desvelar
y saber
lo que no se
Si al final
me quieres
por un solo día
o cuanto tiempo,
percibir
tu placer
tan lento
Te toco sin pensar en nada mas,
tropiezo en tu mirada
yo jamás pensé intentar ni controlar
estoy en ti
hasta acabar
Respiro, todo en ti es fullgáz
estoy adentro una vez mas
mis piernas las encontrarás
me prendes de prisa, quiero mas
Y que tal
revolver
a tu lado ver amanecer
es vital el vivir
por dentro es
abismal como yo
como loca estoy
por un momento
despertar
y saber
que quiero más
|
||||
7. |
Nesrin
01:36
|
|||
Já estive perto da guerra, amor,
exilada em nosso castelo.
Já andei armada e só, amor.
Protegia o que eu nem via
mas sentia, amor.
É que meu país morreu
e fui eu e minhas irmãs
que reconstruímos
tudo o que se vê.
|
||||
8. |
Rosa
03:13
|
|||
Não, não sente nada não
tem empatia não
ele está oco
Vai, casco sem coração
vazado, frio vão
de ouvido mouco
Vê que o espelho é prisão
porta pra escuridão
de um mundo oco
Cai, deserto da razão
carro em contramão
num giro louco
Sai, acorda da ilusão
para de ouvir sermão
de santo oco
Se a nação tá sem noção
pisa descalço o chão,
e esquece o troco
Vou, te pego pela mão
sou teu estranho, não
lembra do outro
Vem, volta pro centro, chão
pensa no teu irmão
do grito rouco
|
Ligiana Costa São Paulo, Brazil
Ligiana Costa studied classical singing in Den Haag (NL), Italy and France, where she received a PhD at Tours
University.
Meanwhile, Ligiana began singing Brazilian music and performed in France and Italy singing samba until she returned to Brazil and released her first album, De Amor e Mar. With this work she performed on various stages (from Dakar to Garanhuns, from Bulgaria to Brasilia).
... more
Streaming and Download help
If you like Ligiana Costa, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp